Depois das festas do Primeiro de Maio, as centrais sindicais vão iniciar uma mobilização para tentar impor a votação, na Câmara, de uma pauta de interesse dos trabalhadores: redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, mudanças no fator previdenciário ou o seu fim, regulamentação do trabalho terceirizado e a votação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que dá garantias contra a demissão imotivada. Os presidentes das centrais discutiram a pauta ontem com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e avisaram que as mobilizações, na Casa e nos estados, serão intensificadas. A estratégia é iniciar votações no segundo semestre, após negociação com líderes e setores empresariais. Maia é ex-metalúrgico e tem dito que quer marcar sua gestão com a votação de pontos da pauta trabalhista. Aos sindicalistas, deixou claro que é preciso negociar.