A política de correção do salário mínimo será a principal responsável pelo aumento de R$ 9,9 bilhões no déficit da Previdência Social em 2012, que passará de R$ 41,6 bilhões este ano para R$ 51,5 bilhões. Com o reajuste do mínimo e menor expansão da massa salarial, o desequilíbrio deverá atingir R$ 68 bilhões no fim de 2014, segundo cálculos do Ministério da Fazenda. O critério de reajuste estabelece a correção do mínimo com base na variação do PIB de dois anos antes do reajuste, acrescida do INPC do ano anterior. Por essa regra, pela estimativa da Fazenda, a correção real em quatro anos será de 25,8%. Os prognósticos indicam salário mínimo de R$ 616,34 em 2012, R$ 676,35 em 2013 e R$ 745,66 em 2014. O efeito negativo do reajuste nas contas do INSS é grande porque os benefícios com valor igual ao salário mínimo respondem por 41% da despesa da Previdência.