Com uma deterioração prevista de R$2,875 bilhões em suas contas, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), tradicional fonte de financiamento do setor produtivo, vai deixar de investir em novos projetos, sobretudo nos que são tocados por micro e pequenas empresas, microempreendedores e pequenos agricultores – mais focados na geração de emprego e renda. A projeção do Ministério do Trabalho para as chamadas operações especiais, realizadas pelos bancos públicos e que oferecem linhas de financiamento para compra de máquinas e equipamentos e capital de giro, é repasse zero para 2012. Para este ano, estão previstos R$3,5 bilhões. Isso significa que, além de não aplicar em pequenos projetos, o FAT vai começar a resgatar o montante de recursos emprestados e não usados pelos bancos federais em programas de geração de emprego e renda, chamados de Proger. As estimativas do Ministério do Trabalho apontam que esse estoque vai cair em quase R$10 bilhões nos próximos quatro anos. (O Globo)