O incidente em que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se envolveu no Rio de Janeiro, ao ser flagrado dirigindo com a carteira de habilitação vencida e se recusando a fazer o teste do bafômetro mostrou o novo estilo da oposição que o tucano sofre em Minas Gerais. O tom cavalheiresco que existiu até o ano passado e que permitiu a Aécio fazer uma aliança tática com o PT na eleição municipal em Belo Horizonte não existe mais. Concentrada na Assembleia Legislativa, a oposição – representada por PT e PMDB – usa a tribuna e a internet para disparar uma série de acusações contra o senador, quase todas de caráter pessoal. A estratégia, comandada pelo líder do bloco oposicionista, Rogério Correia (PT), surpreendeu os tucanos e manteve Aécio na defensiva por duas semanas. O bloco, chamado de "Minas Sem Censura", reúne PT, PMDB, PCdoB e PRB e conta com 23 deputados. (Valor Econômico)