A proposta que o Brasil apresentará hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC), para os países discutirem a relação entre taxa de câmbio e o comércio internacional poderá sofrer fortes resistências e dificilmente terá avanços rápidos. A delegação brasileira vai, com prudência, "testar o terreno". Os Estados Unidos, que sempre reclamaram do câmbio da moeda chinesa, nunca usaram a OMC para discutir o tema, por entender que não era ali que se resolveria a questão A China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tampouco parece ver interesse na proposta. Várias delegações disseram que o tema depende de seus ministérios de Finanças e por isso não têm como tomar posição. E tudo isso é apenas para discutir no Comitê de Finanças da OMC, não para tomar decisões, como por exemplo se determinada taxa de câmbio representa subsídio disfarçado às exportações. (Valor Econômico)