Estádios, aeroportos, rede hoteleira e rodovias ficarão como legado dos investimentos da Copa do Mundo de futebol de 2014, e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. Preocupado com a falta de discussão em torno de um "legado social" oriundo dos grandes eventos esportivos, o ex-jogador de futebol Raí lançou mão da associação Atletas pela Cidadania, presidida por ele, para tocar um projeto ousado: levar o esporte educacional a 80% das escolas públicas entre 2014 e 2016, e para todas as escolas do país até 2022. O projeto, que será divulgado hoje no Museu do Futebol, em São Paulo, conta com parceria do Itaú Unibanco, que ficará encarregado da gestão do fundo que será lançado para financiar a empreitada. A ideia da organização é fechar uma parceria com os ministérios da Educação e do Esporte, em nível federal, e a partir daí visitar cada uma das 12 cidades que receberão jogos da Copa do Mundo para reuniões com integrantes dos governos regionais e dos municípios. A iniciativa conta com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e deve contar com aportes financeiros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que complementará o fundo administrado pelo Itaú Unibanco – os recursos foram captados com os atletas filiados à entidade presidida por Raí, mas a partir da aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que deve ocorrer em 20 dias a partir de hoje, serão aceitas doações de empresas e pessoas físicas. (Valor Econômico)