A Procuradoria Geral do Equador iniciou o julgamento do ex-diretor do Hospital da Polícia César Carrión, acusado de ser cúmplice da tentativa de assassinato do presidente Rafael Correa, no ano passado.
O atentado aconteceu durante um protesto policial em 30 de setembro de 2010 e causou uma crise política interna no país.
Segundo a Procuradoria, Carrión, que está preso desde outubro do ano passado, impediu que o presidente acessasse o centro de saúde ao trancar a entrada com cadeado. Do lado de fora do hospital, Correa sofreu a tentativa de assassinato.
O assessor da Presidência, Francisco Latorre, uma das testemunhas convocadas para depor, negou ter visto um cadeado na porta quando o advogado de Carrión, Stalin López, o questionou sobre o assunto.
O juiz acusa os suboficiais Luis Bahamonde e Jaime Paucar de serem os autores do crime. O primeiro teria lançado gás de pimenta contra o mandatário e o segundo, retirado a máscara antigás que ele vestia.
A mulher de Carrión, Janeth Orbe, compareceu a audiência depois de ter permanecido 12 dias em greve de fome em rechaço à suspensão do julgamento, inicialmente marcado para o dia 27 de abril.
O protesto de setembro do ano passado era realizado por um grupo de policiais descontentes com uma suposta perda de benefícios salariais.
ANSA