A exclusão do Brasil do Sistema Geral de Preferências Tarifárias (SGP) da União Europeia (UE) poderá comprometer as negociações de um acordo de livre comércio entre o bloco e o Mercosul. "Não dá para pensar em negociar o Mercosul e União Europeia se vocês continuarem com esse tipo de atitude", reclamou o diretor de Negociação Internacional da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Mario Marconini.
A Comissão Europeia divulgou ontem (10) nota na qual diz que está sendo analisada uma proposta de cortar nomes da lista de países que recebem reduções tarifárias nas relações com o bloco. A justificativa é que esses países, incluindo o Brasil, já chegaram a um nível de desenvolvimento econômico suficiente para prescindir dos benefícios.
O anúncio foi recebido com preocupação pelo governo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota afirmando que a medida tende a reduzir as exportações de bens com valor agregado para a Europa. O MRE também questionou os critérios adotados pelo bloco para fazer as mudanças. "A manutenção de economias altamente competitivas põe em dúvida a adequação dos critérios adotados". (Agência Brasil)