Deflagrada em 10 de setembro do ano passado pela Polícia Federal, a Operação Mãos Limpas continua tendo desdobramentos. Ontem a ofensiva atingiu as Superintendências Federais da Agricultura e da Aquicultura e Pesca. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e dez de busca e apreensão, nos dois órgãos, em empresas e nas casas de servidores públicos. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Anselmo Gonçalves da Silva. Entre os presos estão empresários e servidores públicos. Alguns já foram presos em outras operações e em outras fases da Mãos Limpas, como o titular da Superintendência Federal da Agricultura, Ruy Santos Carvalho. Ele já havia sido preso na primeira fase da Operação Mãos Limpas, em 10 de setembro do ano passado. Na época, a Polícia Federal o acusou de praticar "ilícitos extravagantes no desvio de recursos da União", como superfaturamento na contratação de empresas de prestação de serviços. Como desdobramento da Mãos Limpas, depois que os peritos da PF analisaram documentos de órgãos públicos, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Otávio Noronha determinou novas investigações, desta vez na Superintendência Federal da Agricultura e na Superintendência Federal da Aquicultura e Pesca. (O Estado de S.Paulo)