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Inflação ainda é o risco maior

A economia brasileira crescerá 4,5% em 2011, em vez dos 5% previstos no começo do ano, segundo a nova projeção do Ministério da Fazenda. Até 2014, o crescimento médio ficará em 5,1%, contra 5,9% na estimativa anterior. Embora um pouco menos otimista, o governo ainda projeta para o período da presidente Dilma Rousseff um desempenho muito melhor que o dos 12 anos anteriores. A profecia provavelmente será confirmada, se nenhuma tolice de grandes proporções for cometida na política econômica. Um dos erros mais perigosos seria descuidar da inflação com o pretexto de crescer um pouco mais. Isso até pode dar certo a curto prazo, mas é fácil prever o resultado final: preços em disparada num ambiente de insegurança e de estagnação. O Brasil já passou por essa experiência mais de uma vez e é sempre conveniente recordá-la. A memória de muitos é perigosamente curta e, além disso, os mais jovens talvez desconheçam a história. As novas projeções, divulgadas na segunda-feira, incluem uma inflação maior que a estimada anteriormente. A taxa prevista para o ano subiu de 5% para 5,6%. O Ministério da Fazenda recorre, neste caso, aos cálculos do Banco Central (BC). Para 2012 a revisão foi bem menor, de 4,5% para 4,6%, ainda quase no centro da meta. Segundo os analistas do Ministério, a acomodação da atividade "numa taxa de crescimento mais sustentável" resultará numa pressão menor sobre os preços já no segundo semestre deste ano. (O Estado de S.Paulo)