A produção industrial brasileira caiu 2,1% em abril frente a março, na maior queda desde dezembro de 2008, quando a indústria sofreu o baque mais forte da crise global, recuando 12,4%. Uma conjunção de fatores provocou um freio na indústria inesperado pelo mercado – que previa, no máximo, taxa negativa de 0,4% -, informou ontem o IBGE. Crescimento forte da produção em março, com acumulação de estoques, terremoto no Japão que paralisou fábricas, medidas de contenção do crédito e alta dos juros básicos da economia fizeram o setor andar para trás, explica o gerente da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, André Macedo: – Foi uma perda bem generalizada, espalhada. Dos 27 setores acompanhados, houve queda em 13 deles. Crescimento forte em março, que indica alguma formação de estoque, endurecimento na concessão de crédito, aumento da inflação e dos juros explicam essa queda – disse Macedo. (O Globo)