O governo da Bolívia exigiu que o ministro iraniano Ahmad Vahidi, que está em visita ao país, abandone o território boliviano, por ser procurado pela polícia internacional acusado de um atentado contra um centro judaico em Buenos Aires.
Segundo a agência Ansa, a decisão foi tomada ontem, após a comunidade judaica da Argentina, por meio da AMIA e da Unidade Fiscal de Investigação do ataque, alertar a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) sobre a presença de Vahidi na Bolívia. O órgão mantém um "alerta vermelho" de captura internacional contra ele desde 2007.
O chanceler boliviano, David Coquehuanca, enviou uma carta ao seu colega argentino, Héctor Timerman, pedindo desculpas "pelo lamentável incidente" e admitiu que o convite ao iraniano que o levou a seu país foi feito devido "desinteligências internas".
Vahidi, que ocupa a chefia da pasta de Defesa do governo de Mahmoud Ahmadinejad, é acusado pelas autoridades argentinas de ser um dos seis responsáveis pelo atentado contra um centro judaico da AMIA, em 18 de julho de 1994, que provocou a morte de 85 pessoas.