O abandono financeiro de programas emblemáticos do governo foi uma estratégia deliberada da equipe econômica para garantir o cumprimento da meta de superávit primário das contas públicas. Diante do cobertor curto, a opção foi quitar gastos pendentes de 2010 e segurar despesas novas programadas no Orçamento de 2011. Findo o primeiro quadrimestre e tendo a meta de resultado primário (receitas menos despesas, exceto juros) do governo federal sido cumprida com folga de R$ 17,8 bilhões, a administração do caixa federal vai mudar. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já avisou que o governo economizará menos ao longo dos próximos meses. Assim, investimentos e programas novos poderão sair do papel. (O Estado de S.Paulo)