Aeconomia brasileira avançou no primeiro trimestre. O crescimento foi de 1,3% frente aos últimos três meses de 2010 e de 4,2% contra janeiro a março do ano passado. Mas o número expressivo esconde uma desaceleração significativa no consumo das famílias, que subiu apenas 0,6% contra 2,3% do trimestre anterior, sofrendo os efeitos das medidas de contenção do crédito tomadas pelo Banco Central e da inflação que corroeu o poder de compra da população. O investimento teve o maior impulso, com alta de 1,2%. Nos últimos quatro trimestres, a economia cresceu 6,2%, abaixo dos 7,5% recordes do ano de 2010. Com o consumo menor, houve acúmulo de estoques, indicador que também faz o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) subir e o que explica a taxa alta do PIB, mascarando o ritmo mais lento da economia. Daqui para a frente, no entanto, analistas acreditam que a economia deve arrefecer. – O consumo das famílias sofreu o efeito das medidas macroprudenciais do Banco Central, afetando setores que dependem de financiamento, como veículos, e com o aumento das exigências de crédito para pessoa física. O emprego e os rendimentos cresceram menos também – afirmou Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE. (O Globo)