Mais informada do que as classes D e E sobre a crise que se abateu sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, a classe média é o próximo alvo do governo. Depois do programa de combate à miséria lançado na última quinta-feira, com a participação de vários ministérios, a presidente Dilma Rousseff voltou-se quase totalmente à formatação desse projeto, destinado a atender a classe C, que responde hoje por 52% da população brasileira – mais de 100 milhões de pessoas. Para isso, técnicos de três ministérios – Ciência e Tecnologia, Educação e Trabalho – concluem levantamentos de tudo o que pode ser empregado na iniciativa. Pesquisas internas do Executivo indicam que um dos principais sonhos da classe média é ter a casa própria e dar aos seus filhos estudo e formação profissional. Isso sem contar, é claro, o acesso a serviços de saúde. Portanto, é nessas áreas que o governo pinçará os projetos para direcioná-los à essa faixa populacional. Na área de ciência e tecnologia, por exemplo, a ideia é abrir a possibilidade de bolsas de estudo não só no Brasil, como no exterior. (Estado de Minas)