Os estudantes do ensino médio chileno, que nesta sexta-feira tomaram as dependências de pelo menos 40 estabelecimentos educacionais em todo o Chile, anunciaram que na próxima segunda-feira "radicalizarão o movimento" por suas reivindicações.
Milhares de estudantes do ensino médio e universitário exigem da autoridade política um ensino de qualidade e reformas profundas no acesso à universidade e no financiamento da educação superior.
"Segunda-feira se demonstrará que somos fortes: haverá ocupação em todos os liceus. Os colégios irão parar, suspenderão suas aulas", advertiu na noite desta sexta-feira Daniela Isla, presidente do Centro de Alunos do Liceu Confederação Suíça.
Já José Soto, do emblemático Instituto Nacional, disse aos jornalistas que o movimento de segunda-feira será uma advertência para as autoridades políticas que não foram capazes de dar uma "resposta decente" a suas reivindicações.
"A educação pública no Chile não teve as respostas necessárias do Ministério da Educação, não houve uma resposta decente por parte das autoridades políticas sobre como enfrentará isto. é o que gerou esta crise", apontou.
Por sua parte, Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes Universitários do Chile, exigiu que o ministro Joaquín Lavín "leve a sério" os estudantes e proponha um diálogo com resultados concretos.
Além disso, Vallejos informou que na próxima quinta-feira haverá uma greve em todo o Chile que receberá o reforço dos alunos do ensino médio que estão com ocupações nos liceus, "portanto será uma mobilização pela defesa da educação de grande proporção".
EFE