No estilo "uma no cravo, outra na ferradura", o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) demonstra estar um pouco mais otimista com o cenário para a inflação, mas segue preocupado com os riscos que podem impedi-la de voltar à meta de 4,5%. Na ata da reunião realizada semana passada, o Copom viu melhora no quadro inflacionário, sem, no entanto, abandonar a preocupação com o crescimento da demanda de bens e serviços acima da capacidade de oferta, além dos possíveis excessos de aumentos nos salários e no crédito. Por isso, seguiu falando de ajuste "prolongado" do juro. Com base na ata, o mercado consolidou as apostas em mais uma elevação na taxa Selic em julho, de 0,25 ponto porcentual, para 12,50% ao ano. Mas a leve melhora de humor da autoridade monetária alimentou as dúvidas sobre se haverá novas altas depois. O cenário central do mercado é de apenas mais um ajuste. (O Estado de S.Paulo)