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Brasil já tem embaixador em Honduras

Depois de dois anos de congelamento das relações com Honduras, o governo do Brasil indicou – e teve o nome aceito- o embaixador em Tegucigalpa. O escolhido é o diplomata de carreira e ministro acreditado como embaixador Zenik Krawctschuk. Ele já respondia pelo governo brasileiro como encarregado de negócios.

A indicação foi feita no começo do mês e aceita pelo presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo. Com isso, o Brasil reconhece a gestão no Lobo no comando do governo hondurenho e normaliza as relações bilaterais.

Desde 2009, o Brasil mantinha um encarregado de negócios em Honduras. Não havia embaixador nomeado para o país porque, para o governo brasileiro, havia uma série de empecilhos para reconhecer a legitimidade das gestões que se seguiram ao golpe de Estado que depôs Manuel Zelaya, em 28 de junho de 2009.

Após a decisão da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), de acabar com a suspensão de Honduras do órgão e a autorização para Zelaya retornar ao país, o governo brasileiros e outros da região reavaliaram a situação política no território. Honduras foi suspensa da OEA em 4 de julho de 2009, depois que Zelaya foi deposto.

Para a OEA e a maior parte da comunidade internacional, inclusive o Brasil, houve um golpe de Estado, gerando a transgressão dos princípios democráticos. Na tentativa de ser reintegrado à comunidade internacional e acabar com o período de congelamento de relações multilaterais, Pepe Lobo confirma que obedecerá à Constituição de Honduras.

Zelaya foi deposto em 28 de junho de 2009 por uma ação organizada por integrantes das Forças Armadas, do Parlamento e do Judiciário. Na ocasião, ele foi pressionado a ficar na Costa Rica. Em setembro do mesmo ano, o ex-presidente e correligionários pediram abrigo na Embaixada do Brasil em Honduras, onde permaneceu por aproximadamente três meses.

Em janeiro de 2010, Pepe Lobo assumiu o poder e Zelaya deixou Honduras em direção à República Dominicana. Paralelamente, a comunidade internacional liderou um movimento para o ex-presidente ser anistiado e retornar ao país sem correr riscos. A iniciativa se concretizou e Zelaya voltou a Tegucigalpa, capital hondurenha, no último dia 28.

AGêNCIA BRASIL