A produção de açúcar não terá um único centavo de investimento público. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou ao "Estado" que o crédito oficial para o açúcar vai acabar, como parte da política de incentivo à produção de etanol. "Não somos contra o açúcar, mas somos mais a favor do etanol neste momento", disse o ministro. "é uma questão estratégica de atender ao interesse nacional de produzir etanol, para que não haja desabastecimento e os preços não se elevem", acrescentou. A decisão reflete a preocupação do governo de não permitir que se repita em 2012 o cenário do início deste ano, em que a escassez do produto pressionou o valor dos combustíveis, colaborando para acelerar os índices de preços, o que forçou o Banco Central a elevar os juros. O ministro afirma que não chegou a haver desabastecimento, "nem haverá", mas admite que os preços subiram muito, com repercussão na inflação. (O Estado de S.Paulo)