Operações como a possível fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour são cada vez mais frequentes no Brasil. Entre 2007 e 2010, o país galgou oito posições no ranking mundial de fusões e aquisições, saindo da 14ª para a sexta no período. Os negócios que tinham empresas brasileiras como alvo – fossem elas compradas por companhias estrangeiras ou por suas concorrentes nacionais – somavam US$33 bilhões no ano anterior à crise global ou 0,9% do total movimentado no mundo. No ano passado, esse volume mais que dobrou, para US$79,2 bilhões ou 3,73% do total. Os dados foram compilados pela mergermarket, unidade do grupo Financial Times, a pedido do GLOBO. O avanço do Brasil no ranking só não foi maior do que o da China, que deixou o 12º lugar em 2007 (US$66,7 bilhões) para o terceiro lugar em 2010 (US$95 bilhões), uma diferença de nove posições. O apetite por empresas brasileiras superou o de empresas de diversas nações europeias, como Holanda, Espanha e França, e mesmo de países emergentes como Rússia e índia.