Guerrilheiros esquerdistas e quadrilhas criminais ligadas ao narcotráfico representam um risco para as eleições locais de outubro na Colômbia, por causa da sua intenção de interferir no processo em quase um quarto dos municípios do país.
Segundo a agência Reuters, o ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, disse que as ameaças se concentram em zonas com presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), do Exército de Libertação Nacional (ELN) e de quadrilhas de narcotraficantes compostas por ex-paramilitares de direita.
Vargas Lleras revelou que o maior risco se concentra em 51 municípios onde há presença de rotas do narcotráfico e de grupos armados interessados em se apropriar dos milionários royalties da exploração de petróleo e carvão. O ministro disse que outros 210 municípios estão sob observação.
Os locais sob risco e sob observação representam 23% dos 1.102 municípios colombianos. Todos eles realizarão no final de outubro eleições para escolher prefeitos, governadores, vereadores e deputados regionais, no primeiro teste eleitoral para o presidente Juan Manuel Santos desde sua posse no ano passado. Vargas Lleras disse que os municípios com processos eleitorais ameaçados estão distribuídos por todo o país. Os grupos armados ilegais colombianos costumam ameaçar e assassinar políticos para pressionar os eleitores, além de impor candidatos.