Em meio ao cenário de eventual escassez de etanol, a presidente Dilma Rousseff já decidiu reduzir de 25% para 18% a mistura do etanol anidro na gasolina. A medida será formalizada pelos quatro ministros integrantes do Conselho Interministerial do Açúcar e do álcool até a próxima semana. Estima-se, com isso, diminuir o consumo anual do anidro em 2,2 bilhões de litros, o que significaria uma "folga" de 30% na demanda pelo combustível. A medida ajudará a "preservar" a "demanda própria" pelo etanol nas bombas dos postos, informou um ministro ao Valor. "O desempenho da cana está aquém do esperado. Há mais dificuldades e são necessárias medidas para garantir o abastecimento", diz. Em jogo, estão um bem intangível – a confiança dos donos de veículos com motor "flex fuel" – e um dado objetivo: o futuro da cadeia produtiva do etanol.