Senadores de oposição conseguiram adiar para agosto o processo que poderá garantir um segundo mandato de dois anos ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Em seu primeiro mandato, que termina no dia 22, Gurgel deu pouco trabalho ao governo e, recentemente, decidiu não investigar o ex-ministro Antonio Palocci, que nos últimos anos multiplicou o patrimônio em 20 vezes. Ritual obrigatório no processo para obtenção de um novo mandato, a sabatina do procurador-geral na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado estava marcada para ontem. Mas foi adiada para agosto depois que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) sustentou que uma resolução do órgão prevê que o processo se dará em duas sessões. Na primeira é lido um relatório sobre o indicado e na segunda, uma semana depois, ocorre a sabatina e a votação. O problema é que esta é a última semana de trabalho do Congresso em julho. (O Estado de S.Paulo)