Uma onda de desânimo vem tomando conta do setor produtivo e, aos poucos, o pessimismo começa a se traduzir em redução de investimentos e demissões. Na expectativa do anúncio da nova política industrial do governo, representantes de diversos segmentos da economia ouvidos pelo GLOBO – incluindo calçadista, têxtil, de plástico e papel – afirmam que a agenda econômica empacada no governo e a persistência de problemas como câmbio, inflação e turbulência internacional podem até não afetar o crescimento da economia neste ou no próximo ano (estimado em 4%), mas cobrarão a fatura no futuro. O índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que, em dez setores, houve queda no otimismo em junho, frente ao mesmo período do ano passado.