Em tempos de mudanças climáticas, quando o mundo começa a planejar a economia de baixo carbono, conservar o que restou de floresta é, na visão de alguns Estados brasileiros, sinônimo de guardar estoques estratégicos para o futuro. Não é o caso do Piauí, que trava uma queda de braços com o governo federal para sair do mapa oficial que delimita a Mata Atlântica – bioma no qual a lei restringe a derrubada da vegetação natural. "A economia estadual dobrou nos últimos oito anos, mas precisamos continuar crescendo para recuperar o atraso", justifica Dalton Macambira, secretário do Meio Ambiente."Vamos reiterar junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) o pedido para a revisão do mapa", afirma o secretário. Com PIB de R$ 16 bilhões, o Piauí está entre as regiões mais pobres do país, com índice de Desenvolvimento Humano (IDH) à frente apenas do Maranhão e de Alagoas. Uma em cada três crianças morre antes de completar cinco anos e o analfabetismo atinge 23,4% da população acima de 15 anos. (Valor Econômico)