A pouco mais de um ano das eleições municipais, PT e PSDB estão em polos distintos, e com papéis inversos, ao criticarem ou defenderem as prévias para a escolha do candidato a prefeito de São Paulo. O uso das prévias para definir o nome que representará determinada legenda numa disputa pode causar rachas internos e levar à derrota na eleição. Na avaliação de especialistas, embora seja um instrumento "saudável" de mobilização, a campanha intrapartidária é arriscada, principalmente para as siglas que estão no poder. Instrumento tradicional na história do PT, as prévias têm sido criticadas pela cúpula do partido, que quer engavetá-las e emplacar o ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato. O PSDB, que nunca abriu esse tipo de consulta para os filiados, passou a defender as prévias como o mecanismo legítimo de escolha de seu candidato, num cenário em que não há um nome natural para concorrer à Prefeitura – o ex-governador José Serra tem dito que não pretende ser candidato a prefeito. (O Estado de S.Paulo)