O governo brasileiro envia, nesta semana, uma missão de diplomatas a Damasco, na Síria, para juntar-se a enviados da índia e da áfrica do Sul, na tentativa de convencer o governo de Bashar al Assad a cessar com a censura e repressão aos manifestantes, cumprindo suas promessas de abertura democrática e liberdade de manifestação. O esforço diplomático é acompanhado de uma dura condenação às ações do governo, que matou pelo menos uma centena de pessoas em ataque do Exército a rebeldes na cidade de Hama, há três dias. A ação foi recebida com "indignação", diz nota do Itamaraty divulgada ontem à noite.
A missão conjunta de Brasil, índia e áfrica do Sul (países que formam o grupo conhecido como Ibas) tem a intenção de cobrar do governo local o compromisso assumido com o Ocidente, de preservar o direito de manifestação e expressão dos sírios, embora os diplomatas saibam que as autoridades locais negam haver repressão – as ações militares, segundo o governo Assad, seriam apenas reação a movimentações terroristas. (Valor Econômico)