Em meio às denúncias que atingem os partidos governistas, os líderes da base aliada do governo Dilma voltaram a cobrar ontem da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, um cronograma concreto, e real, para o empenho das emendas do Orçamento da União de 2011 e o pagamento dos chamados "restos a pagar" dos anos anteriores. Os líderes rejeitaram a proposta de Ideli de garantir agora o empenho de apenas R$1 bilhão das emendas individuais ao Orçamento deste ano. E alertaram o governo que, sem esse comprometimento do Planalto, fica difícil "segurar" os parlamentares em tempos de crise. A intenção dos aliados é garantir o empenho do maior volume de recursos até dezembro, para que essas emendas se transformem em restos a pagar e possam ser pagas às prefeituras em 2012, ano eleitoral. O desejo é assegurar o empenho de pelo menos R$2,5 bilhões, sendo que as emendas individuais totalizam R$7,7 bilhões. O governo nunca empenha todas as emendas. Geralmente, a liberação para partidos da base aliada fica entre 50% e 70%. (O Globo)