No dia em que os mercados entraram em pânico, a equipe econômica do governo Dilma Rousseff saiu a campo e fez questão de enfatizar que o Brasil tem instrumentos para lidar com um agravamento da crise internacional. Se o cenário piorar demais, o governo poderá liberar os depósitos compulsórios, reduzir os juros e usar os dólares das reservas internacionais. A presidente classificou a crise de "pneumonia crônica", segundo relato do deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. Antes de os negócios começarem no Brasil, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o País estava preparado para enfrentar uma "agudização" da crise. Em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ele lembrou que o País tem mecanismos como taxa de juros e depósitos compulsórios, que podem ser reduzidos para garantir oferta de dinheiro (liquidez) e assegurar a estabilidade financeira. Foi exatamente o que ocorreu em 2008 e 2009, na crise deflagrada pela quebra do banco Lehman Brothers. (O Estado de S.Paulo)