Depois de crescer mais de 20% no ano passado, o investimento na ampliação da capacidade produtiva avança a ritmo bem mais moderado neste ano. Para o primeiro semestre, os analistas projetam crescimento na casa de 7% para a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos) em relação a igual período de 2010.A alta dos juros, o efeito do câmbio valorizado sobre a indústria de manufaturados, a maior ociosidade na economia e a desaceleração das inversões do governo são os principais fatores que explicam a perda de fôlego da FBCF, além da base de comparação mais elevada. O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, projeta expansão de 7,3% para o investimento no primeiro semestre, resultado de uma alta de 3,8% da construção civil e de 8,7% do consumo aparente de máquinas e equipamentos (soma da produção e da importação, excluindo a exportação). A produção local de bens de capital aumentou 6,5% e a importação aumentou 26% no acumulado do ano, mas a exportação teve alta também expressiva, de 18,4%, o que segura um pouco o aumento do consumo aparente. (Valor Econômico)