A crise econômica internacional, debatida ontem em comissão geral na Câmara, deu argumentos aos governistas contrários à votação da proposta que fixa o piso salarial nacional para os policiais e do projeto que regulamenta os gastos da União, dos Estados e municípios. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que os deputados entenderam o recado dos ministros que participaram do debate, Guido Mantega (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). "Há uma preocupação do governo com o aumento de gastos em função da crise", afirmou. Maia disse que a mesma preocupação foi manifestada por governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que estiveram com ele hoje. "Eles disseram que não há condição, no momento, de os Estados absorverem o impacto desses projetos em suas finanças", relatou Maia, referindo-se ao projeto dos policiais, conhecido por PEC 300, e a regulamentação da Emenda 29, a que trata de recursos para a área de saúde. (Agência Estado)