Apesar da repressão do regime sírio contra os opositores, o Brasil vê com seriedade "os esforços do presidente Bashar Assad para implementar reformas políticas". A afirmação foi feita, segundo o "Estado" apurou, por representantes brasileiros no Conselho de Segurança da ONU na tarde de ontem em debate sobre a crise na Síria. Em Damasco, o regime exaltou o resultado do encontro com enviados de Brasil, índia e áfrica do Sul. O governo sírio transformou o encontro com representantes do Ibas (grupo formado por índia, Brasil e áfrica do Sul) com Assad em um instrumento de propaganda em sua agência estatal de notícias. A reunião foi usada pela Síria para mostrar internamente que o regime não está isolado e enfatizar que os emergentes apostam nas propostas de abertura de Assad. Uma manobra semelhante ocorreu depois da discussão sobre a crise na Síria na sede da ONU, em Nova York. O embaixador sírio fez questão de exibir aos repórteres o comunicado conjunto de brasileiros, indianos e sul-africanos para dizer que os países estão ao lado de Assad. (O Estado de S.Paulo)