A presidente Dilma Rousseff aproveitou a posse do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que foi reconduzido ao cargo, para mandar recados aos membros do próprio Ministério Público e da Polícia Federal. Ela afirmou ontem que seu governo se empenhará para coibir abusos e respeitar a dignidade humana e a presunção de inocência de acusados de cometer irregularidades. Foi uma crítica indireta à ação da PF, na semana passada, durante a Operação Voucher, que prendeu 36 pessoas suspeitas de desvio de recursos no Ministério do Turismo. Dilma não gostou de ver os detidos algemados quando embarcavam para Macapá. E ficou irritada com o vazamento de fotos dos detidos sem camisa. Dilma elogiou a população brasileira, que, segundo ela, abomina o crime e preza a legalidade. A posse de Gurgel, contrariando a praxe, foi no Palácio do Planalto. Cabe à presidente indicar o nome do candidato à vaga. O Senado precisa aprovar a indicação. Gurgel, após ser indicado por Dilma, arquivou pedido de investigação contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. (O Globo)