Pressionada por aliados descontentes com demissões de suspeitos, Dilma ganhou apoio de parlamentares independentes. Na hipótese de a presidente Dilma Rousseff seguir adiante na proposta de fazer "faxina" nos ministérios sob suspeita de corrupção – o que vem provocando a revolta dos aliados no Congresso -, ela terá, pelo menos, um grupo de aliados independentes no Senado. Em um movimento desencadeado pelos senadores Pedro Simon (PMDB), Ana Amélia Lemos (PP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), foi criado ontem uma frente partidária em defesa das iniciativas do Planalto contra a corrupção. Da tribuna, Ana Amélia definiu o posicionamento do grupo: – Não é alinhamento automático, é apoio a ações de governo. Simon, idealizador do movimento, pediu que o Congresso se una para permitir que o governo tome as medidas que julgar necessário. Em contrapartida, cobrou de Dilma ações semelhantes às desencadeadas no Ministério dos Transportes em outras áreas: – Claro que não pode a presidenta fazer apuração em cima do PR, em cima do PMDB e não fazer no PT, fazer no PDT. A série de discursos dos defensores da nova frente suprapartidária contou com apartes de senadores de várias siglas. Alguns, de partidos aliados do Planalto, mas com postura independente. Vários, como Simon, Ana Amélia e Cristovam, já assinaram pedidos de CPI contra o governo Dilma. (Zero Hora)