A presidente Dilma Rousseff decidiu manter Wagner Rossi no Ministério da Agricultura para não brigar com o PMDB do vice-presidente Michel Temer, mesmo com todas as denúncias de suposto tráfico de influência envolvendo o ministro. Em contrapartida, Dilma vai impor uma faxina nos cargos ocupados por amigos de Rossi. Há 12 pessoas que hoje ocupam cargos na Agricultura, por indicação política e amizade com o ministro, que estão na mira da presidente e devem ser substituídos por nomes técnicos. Essa é a base do acordo de convivência com a base aliada, que tem no vice-presidente da República – eleito com ela na mesma chapa – um dos seus principais líderes. Temer é o padrinho da nomeação de Rossi. Segundo informações de auxiliares da presidente da República, Dilma fará o máximo de esforço para evitar repetir com o PMDB a experiência traumática que vive com o PR, alijado do Ministério dos Transportes. O PR ontem abriu mão dos cargos que ocupa no governo e disse que atuará com independência nas votações no Congresso. (O Estado de S.Paulo)