O governo considera que a inflação, que ocupou sua atenção diária por oito meses, está sob controle e vislumbra a possibilidade de, em 2012, ter mais flexibilidade para gastar. Agora, a presidente Dilma Rousseff inaugura "outra fase", a da interlocução com o mundo político, que a levará a atender a demanda por aumento do gasto público. Diferentemente deste ano, quando o governo se comprometeu com a execução da meta integral de superávit primário – sem descontar os investimentos do PAC -, para o próximo a ideia é abater da meta pelo menos uma parte dos R$ 40,6 bilhões do programa, informou um ministro ao Valor. Isso significaria reduzir o su- perávit primário da União de R$ 96,97 bilhões, conforme previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, para até R$ 56,37 bilhões. Cifra muito inferior aos R$ 81,76 bilhões assegurados neste ano. (Valor Econômico)