O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que o país terá neste ano crescimento menor que o previsto por causa do impacto da crise internacional. Ele afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) vai aumentar 4% em vez dos 4,5% projetados anteriormente. "Não acredito que vá para menos de 4%. é o suficiente para gerar arrecadação e bancar os custos", destacou. A desaceleração tende a aparecer no segundo trimestre, que deve apresentar uma alta de apenas 0,8%, o que significa queda de 0,5 ponto percentual frente ao desempenho de 1,3% no período janeiro-março. Em depoimento de mais de quatro horas na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Mantega disse que estuda compensar os exportadores pela a taxação de 1% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações com derivativos. A medida foi adotada no fim de julho para coibir a especulação no mercado futuro de câmbio, mas acabou afetando as chamadas operações de hedge, em que exportadores tentam de proteger de variações bruscas na cotação do dólar. Segundo o ministro, uma opção é dar aos exportadoes um desconto no Imposto de Renda (IR), em percentual semelhante ao que o setor paga de IOF para proteger suas vendas futuras. (Estado de Minas)