Num sintoma da preocupação do Planalto com o novo foco de crise, uma tropa de petistas foi escalada para blindar o ministro Paulo Bernardo, durante depoimento na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. No Senado, o PSDB apresentou à Comissão de Fiscalização e Controle requerimento de convite a Bernardo. Apesar de voltar a negar troca de favores com empresários do Paraná responsáveis por obras federais no Estado quando ainda chefiava a pasta do Planejamento, o ministro admitiu conhecer os sócios da empreiteira Sanches e Tripoloni e disse que pegou caronas em aviões alugados em 2010 pela campanha ao Senado da ministra da Casa Civil – sua mulher -, Gleisi Hoffmann. O ministro, porém, manteve a versão de que não sabia quem eram os donos das aeronaves. Enquanto o PSDB articulava a convocação de Bernardo no Senado, a tropa de choque petista na Câmara tentava livrá-lo de ter de responder sobre suas relações com a empreiteira. O ministro chegou à Comissão de Ciência e Tecnologia escoltado pelos principais nomes do governo na Casa, após rápida passagem pelo gabinete da liderança do PT. (O Estado de S.Paulo)