As medidas prudenciais e a alta do juro conseguiram reduzir a expansão do crédito. A desaceleração ocorreu basicamente nas operações que os bancos podem fazer livremente, em especial as modalidades mais caras, como cheque especial e cartão de crédito. Nos empréstimos direcionados, como o habitacional e o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), porém, o ritmo segue forte. Enquanto as operações livres cresceram 0,7% em julho, os financiamentos com destinação específica avançaram 1,9%. O primeiro grupo tem vivenciado um processo de alta na taxa de juros, que em julho chegou, na média geral, a 39,7% ao ano. O crédito direcionado trabalha com taxas mais baixas e subsidiadas pelo governo. Exemplo claro do encarecimento do crédito livre é o cheque especial, cuja taxa de juro atingiu 188% ao ano, o nível mais alto em mais de 12 anos. (O Estado de S.Paulo)