Após atingir nível recorde de otimismo no mês passado, o humor do consumidor voltou a ficar negativo. O índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 4,6% em agosto, após subir 5,4% em julho. Foi a pior queda desde o auge da crise global, em outubro de 2008 (-12,7%). Turbulências nos mercados internacionais e no ambiente político brasileiro, com quedas sucessivas de ministros, seriam as causas. Para a coordenadora técnica da Sondagem das Expectativas do Consumidor da FGV, Viviane Seda, o mau humor do consumidor este mês é generalizado. "Criou-se uma incerteza sobre o que pode ocorrer no segundo semestre. O consumidor começava a ficar confiante com o menor avanço da inflação e a perspectiva de término na alta de juros. Mas essa perspectiva mudou." Na prática, não houve mudanças drásticas no desempenho dos indicadores macroeconômicos do País. (Agência Estado)