O mercado está convencido de que o Banco Central deve interromper o ciclo de aperto monetário na próxima reunião, que termina no dia 31 de agosto. Mas não tem certeza sobre o espaço de um novo ciclo, agora de alívio monetário, no curto prazo. A avaliação dos analistas é de que a piora das perspectivas da economia global deixa o cenário mais nublado e, por isso, afasta a chance de o BC continuar subindo a taxa Selic. Mas não traz a garantia de que a fraqueza da atividade no mundo desenvolvido amenizará, efetivamente, as pressões sobre a inflação doméstica. Dos 33 economistas ouvidos pelo Valor, todos preveem estabilidade da Selic na reunião da semana que vem, em 12,50%. Apenas três esperam queda de juros ainda este ano; e treze veem Selic mais baixa até o fim de 2012. As demais ainda não preveem mudanças na taxa até dezembro do ano que vem, por causa do comportamento da inflação, que ainda resiste a flutuar acima do centro da meta, de 4,5%, mesmo com a atividade mundial em franca desaceleração. (Valor Econômico)