O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras em julho foi de 6%, abaixo dos 6,2% registrados em junho e da taxa de 6,9% um ano antes, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada ontem pelo IBGE. Mas essa baixa desocupação, recorde para o mês na série histórica iniciada em 2002, traz algumas novidades: o avanço do emprego foi muito forte nas regiões metropolitanas do Nordeste – Recife e Salvador, que pela primeira vez registram desemprego inferior a 10% em julho – e em setores como serviços, em detrimento da indústria, que patina. Para especialistas, embora a taxa deva continuar caindo no segundo semestre, os desafios aumentam e o desemprego pode subir no começo do ano. Além disso, a atual taxa de desemprego gera pressão inflacionária em serviços e construção civil, justamente os setores que possuem os preços menos comportados. Outro ponto positivo apresentado pela pesquisa – que ocorre com a visita a cerca de 44 mil domicílios mensalmente – é que continua forte o crescimento do emprego formal, com carteira de trabalho assinada, e a renda está em expansão. (O Globo)