Está nas mãos dos países emergentes – principalmente do Brasil e da índia – as chances de avanço na próxima conferência de Meio Ambiente e desenvolvimento das Nações Unidas, a Rio+20, avalia o economista polonês Ignacy Sachs, de 83 anos. Na década de 70, ele foi um dos mentores do que depois passou a se chamar desenvolvimento sustentável. Sachs combina, no raciocínio acima, o suposto desinteresse dos países industrializados e a maior responsabilidade das economias em desenvolvimento, além de 40 anos de experiência, desde que ajudou a organizar a primeira conferência sobre o tema, em 1972, na Suécia. Vinte anos depois de atuar como conselheiro especial da Eco-92, o diretor do Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais em Paris está de volta ao país em que se refugiou durante a 2ª Guerra para debater a proposta para a próxima conferência, marcada para junho, no Rio. O debate ocorreu ontem no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em São Paulo. (O Estado de S.Paulo)