Os parlamentares já analisam a proposta orçamentária de 2012 e deverão aumentar a previsão de receitas para resolver e acomodar pendências deixadas pelo Executivo. O relator geral do Orçamento da União de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que o Orçamento reflete a preocupação do governo com a crise internacional e acredita num forte contingenciamento em fevereiro. Como os parlamentares costumam elevar, em média, a receita em R$20 bilhões, técnicos em Orçamento já avisam que o aperto poderá ser maior do que os R$25,6 bilhões necessários para cumprir a meta cheia do superávit primário e poderá chegar até R$45 bilhões. Sobre pressões por mais gastos, Chinaglia disse que trabalhará em parceria com o relator de receitas para ver se haverá aumento na previsão do governo para a arrecadação de impostos. Chinaglia acredita que o governo irá cumprir a meta cheia do superávit primário de R$139,8 bilhões, por isso a necessidade do corte. Para fazer a meta cheia, o governo terá de cortar pelo menos R$25,6 bilhões – valor que foi abatido da meta, que ficou reduzida para R$114,2 bilhões. (O Globo)