A alternativa em análise pelo governo de usar recursos do petróleo da camada pré-sal para o sistema público de saúde contrariou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O ministro considerou que essa hipótese é uma solução distante para o setor, que precisa de dinheiro rapidamente. "O pré-sal vai produzir daqui a sete, oito anos, portanto, não podemos ficar distribuindo recursos que hoje não existem", disse. "A saúde vai precisar de recursos já, e o governo está preocupado com isso e procurando outras soluções". Lobão descartou o uso de dinheiro da Petrobras para custear as despesas que virão da regulamentação do projeto que define os gastos da Saúde, dos Estados e dos municípios com o setor, conhecido por Emenda 29. "Não há a menor possibilidade. Os recursos da Petrobras são para investir na exploração de petróleo e os recursos da Saúde têm de sair do Orçamento da República", afirmou o ministro, sem se comprometer com a defesa da criação de uma contribuição específica para viabilizar a aprovação do projeto. "Se os governadores realmente pedirem e o Congresso examinar, a decisão é deles", concluiu. (Agência Estado)