A Câmara dos Deputados voltou a debater um tema polêmico, que é a criação de uma polícia específica para cuidar da segurança dos integrantes do Poder Judiciário. O assunto ressurgiu depois da morte da juíza Patricia Acioly, em 12 de agosto, e ganhou amplitude dentro do Congresso, onde as duas Casas também têm suas próprias forças, que reúnem um efetivo superior a 600 homens, contam com estrutura própria e equipamentos de primeira qualidade. Dentro do governo, a criação de mais uma polícia é vista com cautela, mas a própria União admite que não tem quadros suficientes para atender aos pedidos de proteção tanto do Judiciário quanto do Legislativo. Há quatro anos, a Câmara gastou R$ 86 mil em equipamentos para reforçar a sua polícia legislativa, inclusive com armas de fogo. O Senado também não fica atrás quando se trata de modernização de sua força de segurança, denominada pela Mesa Diretora da Casa como Polícia Legislativa Federal. Foi a primeira corporação no Brasil a adotar a Taser, uma arma não letal que paralisa o preso. As duas instituições têm toda estrutura de uma força de segurança estadual ou federal. Tanto na Câmara quanto no Senado existem delegacias e os agentes podem instaurar inquéritos, no entanto, a autonomia se restringe às dependências do Legislativo, incluindo imóveis funcionais de deputados e senadores e outros prédios pertencentes ao poder. (Correioweb.com)