Os 15 Estados das regiões Sudeste, Sul e Nordeste fizeram, no primeiro semestre, um esforço fiscal R$ 7,9 bilhões superior ao do mesmo período de 2010. O superávit primário extra foi obtido com ajuda do aumento de arrecadação, mas o elemento mais importante foi a redução do ritmo dos investimentos. De janeiro a junho, boa parte dos governadores – alguns novos, eleitos no ano passado, outros, reeleitos – gastou em obras e outros projetos menos recursos do que em igual período do ano passado. Mesmo sem combinação com o governo federal, o esforço fiscal caminha em sintonia com os interesses da União em conter a demanda para ajudar a atenuar seus efeitos sobre a inflação. Os Estados do Nordeste tiveram uma contribuição expressiva nesse resultado. Juntos, fizeram uma economia de R$ 6,38 bilhões, o que representa alta de 73% na comparação com igual período de 2010. No mesmo período deste ano, a soma da rubrica despesas de capital (onde se registram os gastos em obras públicas, por exemplo) ficou 14,5% menor. No Ceará, o governo explicou a retração pela comparação – 2010 foi ano eleitoral e os investimentos foram concentrados nos primeiros seis meses, o que vai mudar até o fim do ano, informa o secretário de Fazenda, Mauro Filho. (Valor Econômico)