Com o Brasil muito atrás dos países ricos e de outras nações em desenvolvimento, como índia e Coreia do Sul, o Ministério da Saúde decidiu multiplicar em 3,8 vezes o investimento público voltado para pesquisa de novos medicamentos, vacinas e avaliação do Sistema único de Saúde (SUS). O anúncio, marcado para hoje, prevê que, em quatro anos, a União use R$1,5 bilhão para financiar o setor, contra R$492,5 milhões gastos nos últimos oito anos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo quer que a indústria farmacêutica pelo menos quadruplique investimentos até 2014. O reforço de caixa focaliza as chamadas doenças negligenciadas, como dengue, malária e tuberculose, que não despertam interesse do mercado mundial de remédios. Mas o plano de ação não reduz o prazo de cinco a seis anos para o Brasil fazer os primeiros testes em humanos da vacina contra dengue. A meta é reduzir custos e impedir que falte produto no Brasil em razão de variações do mercado internacional. Só no primeiro semestre, segundo o ministério, houve economia de R$600 milhões com a compra de medicamentos, por causa da evolução do desenvolvimento de drogas no Brasil, que reforçou a distribuição de remédios para câncer e hepatite C. (O Globo)