Pronto para entrar com novas ações na Justiça contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, o Ministério Público do Pará pretende usar como justificativa o não cumprimento dos prazos para as obras exigidas pelo governo ao grupo Norte Energia, responsável pela instalação da usina. Segundo o procurador Bruno Gütschow, a reforma e a ampliação do hospital municipal de Altamira são exemplos. – A grande maioria das obras deveria ficar pronta entre dezembro de 2011 e maio de 2012 – disse o procurador, acrescentando que a situação atual é de estagnação. Gütschow disse que estão sendo acompanhados com atenção os empréstimos feitos pelo BNDES ao Norte Energia desde o leilão de Belo Monte, em abril de 2010. O governo autorizou o banco a financiar até R$13,5 bilhões para a obra, com prazo de 30 anos, em condições mais vantajosas que as do mercado. Os procuradores também verificam os valores pagos a título de desapropriação aos moradores que estão sendo obrigados a deixar suas casas. (O Globo)