A política monetária contracionista praticada pelo governo do fim de 2010 até meados deste ano para frear a expansão da economia e da concessão de crédito ainda terá efeitos sobre o setor varejista nos próximos meses. O impacto reduzirá o ritmo de crescimento do segmento, cuja atividade crescerá moderadamente, na avaliação de Nilo Lopes, técnico da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, o aumento do salário mínimo, o recebimento do 13º salário e as esperadas reduções na taxa básica de juros (Selic) podem dar fôlego ao varejo, mas esse resultado é incerto. Lopes diz que a diminuição de 0,5 ponto percentual na Selic, para 12% ao ano, feita em agosto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), repercutirá dentro de dois a três meses, uma vez que ao varejo importa mais o nível de inadimplência. As mudanças diárias no spread bancário não pesam para os varejistas no curto prazo, explicou. (Valor Econômico)